14/09/2009

Letras

Escrevo letras sem sentido, para que ninguém as leia,

enquanto espero por ti junto à velha igreja.

O telhado já não existe.

As portas e janelas voaram para lá da vista.

De pé ficaram as paredes, cravejadas de orações e pedidos,

de ladaínhas e promessas.

De pé ficaram as paredes que me dão sombra, enquanto espero por ti

e escrevo letras sem sentido para que ninguém as leia.

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